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  • Foto do escritorDuarte Dionísio

Vëlla – “Coma”

Atualizado: 28 de jan. de 2021

Em estado de coma

Vëlla – “Coma”

Lançamento: 2020

Sonoridade: Alternative Metal, Groove Metal, Nu Metal, Metalcore

Editora: Raising Legends Records

Produção: Caesar Craveiro

Capa: Oz Vilesov

Formato: CD (audição em MP3)


Lista de músicas:

1 - Blood On The Table

2 - Tempest

3 - Mannequin

4 - The Promise

5 - 1984

6 - Despair

7 - Tormento

8 - Freakshow

9 - 5 Minutes Alone

10 - The Fall

11 - Otherside

12 - I’ll Be The End


“Coma” é um álbum concebido por músicos adultos e conscientes. Fica a ideia que foi pensado ao detalhe, incorporando uma estética desenhada propositadamente para o efeito. É por esse motivo que não parece um álbum de estreia. Ou melhor dizendo, é um álbum de estreia feito por quem já tem experiência. Os músicos souberam apoiar-se na prática adquirida em projetos anteriores e criar uma irmandade, cujo primeiro feito é o álbum “Coma”. Utilizando o nome Vëlla traçaram um caminho através das sonoridades de peso, espalhando ideias, influências em busca de uma sonoridade própria. Se conseguirão atingir a meta só o tempo o dirá, mas a primeira etapa do percurso está concluída. O resultado é um som híbrido, se é que este termo pode ser adequado ao som da banda! Tendo em conta composições que agregam diferentes elementos numa só peça e ainda apelam à modernidade, parece-me híbrido o termo certo. Diversidade também se aplica, se tivermos em conta temas como “1984” e “5 Minutes Alone”, ambos um pouco fora de contexto, talvez músicas que servem para limpar o palato, por forma a degustar os pratos seguintes. E ainda “Tormento” que transporta melancolia e ambientes mais negros, numa ode poética ao amor. Nesta música participaram Ana Marques e Ariana Pereira.


“Coma” abre com “Blood On The Table”, um tema com uma sonoridade folk ou talvez seja uma marcha de batalha. “Tempest” dá o mote com estrondo. É uma música com balanço e agressividade que anuncia a tempestade sonora que se segue. “The Promise” é bastante pesada, quer instrumentalmente, quer no contexto lírico. Possui riffs Death Metal, com um fundo sonoro orquestrado algo fantasmagórico que desagua numa história triste, mas ao mesmo tempo regeneradora. A participação de Miguel Inglês contribui para a densidade. Death Metal que se volta a sentir em “The Freak Show”. “The Fall” e “Otherside” foram pintados com as cores Nu Metal, mas numa abordagem mais rasgada, que revela a procura do som Vëlla. A banda conseguiu um som híbrido que abarca o Death Metal, o Nu Metal, o Metalcore e até Rock, tudo com um espírito alternativo e com boas doses de Groove. Todo este cabaz de iguarias foi empacotado com uma produção equilibrada e atual.


O desempenho dos músicos é uma garantia de qualidade. Os ritmos, as harmonias e acordes, os arranjos, tudo é desenhado sem monotonias. A inclusão de pequenas orquestrações dão maior dimensão às músicas. A voz debita as frustrações e alegrias da vida com empenho, num timbre agressivo e austero. Pessoalmente, acho que as partes de voz mais limpa estão uns furos abaixo do nível exibido por todos os elementos, mas é uma opção artística assumida. A composição é coesa e poderosa. Neste espetro sonoro, seria interessante se os Vëlla arriscassem um pouco mais, num tema mais comercial. Com arranjos simples e um refrão direto. A música está em constante evolução e mutação. É preciso não apanhar os comboios em andamento, mas sim iniciar uma nova viagem. Será que os Vëlla sabem o caminho?


Foto: Ivo Durães


Músicos (da esquerda para a direita)

Pedro Lopes - Voz

Mário Rui - Guitarra

Caesar Craveiro - Baixo e coros

Paulo Adelino - Bateria

Oz Vilesov - Guitarra



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