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Foto do escritorDuarte Dionísio

Torn Fabriks - “Mind Consumption”

Atualizado: 27 de jan. de 2021

Mentes consumidas pelo Thrash

Torn Fabriks - “Mind Consumption”

Lançamento: 2021

Sonoridade: Thrash Metal

Editora: Firecum Records, CUM039

Produção: Paulo Soares

Capa: Roger Esteves

Formato: CD (audição em streaming)


Lista de músicas:

1 - Respect

2 - Idiocracy Layers

3 - Face It

4 - Felt The Treason

5 - Bring Me Down

6 - Evil8


Uma sonoridade já com 40 anos, o Thrash Metal parece manter a frescura do início, sempre que surgem novos projetos a debitar as características que evidenciaram o subgénero. É o caso dos Torn Fabriks, um power trio enérgico dividido entre Lisboa (Jorge Matos na guitarra, Paulo Soares na bateria) e São Miguel nos Açores (Ricardo Santos no baixo e voz). Apesar da distância, conseguiram compor e gravar um EP com seis músicas com o título “Mind Consumption”, editado pela Firecum Records este mês de Janeiro. São as facilidades digitais a possibilitar a troca de ideias e gravações separadas. Tudo rápido e através da internet. Já lá vão os tempos em que tinham de ser enviadas gravações por correio físico. Os três músicos já andam nestas lides há tempo suficiente para saberem o que querem. O resultado é um lançamento de apresentação com apenas 6 músicas diretas e muito in your face.


“Mind Consumption” não é original nem inovador. É uma descarga de energia Thrash Metal utilizando as fórmulas corretas que fizeram do género um ninho de excelentes bandas a nível mundial. Exodus, Testament, Death Angel e muitas outras que popularizaram o Thrash Metal da Bay Area, são referências óbvias e de grande qualidade. O som é limpo, seco, agressivo e bem demarcado, com uma produção hábil. A guitarra tem um som estrondoso e massacrante, exibindo uma montra de riffs para cada momento. Cavalgadas rítmicas, palhetadas coesas, solos incisivos, um delírio para os amantes do Thrash. A bateria cumpre o ritual do género, quase sempre em batidas up tempo, exceção feita à música que encerra o EP. Para além da coerência nos ritmos, deixa espaço a passagens mais mid tempo, que permitem as músicas respirar e ganhar balanço. Um verdadeiro paraíso para o headbanging. O baixo liga o instrumental com as marcações adequadas, com a dose certa de intervenção e peso. A voz é relativamente agressiva, rasgada e reconhecível para quem conhece Morbid Death. Encaixa no contexto instrumental e lírico do álbum, que procura expor as injustiças, mentiras e demais problemas de uma sociedade pouco protetora dos seres humanos.


O início é melódico e sugestivo, com dedilhar de guitarra sem distorção, mas serve apenas para abrir a porta à decibélica “Respect”. Os seis temas sucedem-se à velocidade de um relâmpago, para terminar com “Evil8”, uma composição na sua maioria mais compassada, mas igualmente pesada. Os coros iniciais poderiam estar mais presentes na mistura. Aliás, se há algo a sugerir para futuras músicas é uma aposta em refrões mais orelhudos e com coros fortes. Mas isso fica ao critério de quem escreve e compõe. As músicas rondam os três minutos. São curtas, diretas, sem muitos floreados, na onda do Thrash Metal old school. Torn Frabriks é uma banda recente com músicos experientes que poderá dar muito ao Metal Nacional. Destaco o som da guitarra. Terei de ouvir o álbum em CD para usufruir em pleno!


Foto: “DR”


Músicos (da esquerda para a direita)

Ricardo Santos - Baixo e Voz

Paulo Soares - Bateria

Jorge Matos - Guitarra



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