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  • Foto do escritorDuarte Dionísio

Shrine - "Perspective"

Atualizado: 28 de jan. de 2021

Perspetiva Etérea do Metal

Shrine - "Perspective"

Lançamento: 1994

Sonoridade: Thrash Metal, Progressive Metal

Editora: Morgana Records, MOR 7002 CD

Produção: Shrine e Zé Motor

Capa: Rui Dias e Rui Coca (design); Duarte Dionísio e Shrine (conceito)

Formato: CD

Lista de músicas:

1 - Within You (It Hurts)

2 - Luminous Green

3 - The Masonry

4 - In The Machine

5 - Here M. G. R.

6 - La Danse Des Morts

7 - Ophelia Dreamed

8 – Ethereal A) Universe Lung B) Calcutah Flow

Antes de mais, tenho de assumir a parcialidade na descrição deste álbum, porque foi uma aposta editorial minha. Os Shrine foram uma banda diferente no Metal nacional. As características distintivas eram evidentes na composição progressiva e pouco ortodoxa. Mas também na forma algo enigmática como o trio de músicos vagueou pelos meandros do panorama metálico. Depois de a banda ter gravado duas demos, a Morgana Records editou “Perspective”, um álbum que resumiu em 8 músicas o universo imaginado da banda. Líricas que expõem visões algo etéreas da existência a até alguma filosofia contemporânea na busca do êxtase mental. Esta viagem cerebral pelos bosques do Metal cruza coerentemente com uma amálgama de momentos musicais que deixam os ouvintes à espera da próxima surpresa. Ouvindo o álbum do princípio ao fim, somos surpreendidos por riffs trituradores, solos destemidos com assinatura própria, ritmos ofegantes num galopar intermitente, ambientes atmosféricos, momentos de enganadora tranquilidade num constante torcer e virar inesperado. Levando o som para outras dimensões foram ainda introduzidos instrumentos como harpa, bolas chinesas, piano, arco de violino a estardalhar uma guitarra, entre outros. Mas há uma base para toda a mistura de estilos e essa é a experimentação progressiva, sem perder de vista os tiques Thrash Metal. No entanto, em “Perspective” cabem o Death, o Doom, o Speed, o Heavy, o Rock, o Prog, numa colagem coesa.

O arrojo com que o trio de Linda-a-Velha encarou este álbum foi demonstrativo do potencial dos Shrine. Num CD de curta duração, a lembrar alguns dos álbuns tradicionais do Thrash internacional, ficou patente a criatividade deste power trio. Transpor para os palcos estas músicas derivou em atuações eletrizantes e ao mesmo tempo obscuras. Aquele foi um período em que nasceram pequenas editoras independentes que trouxeram mais edições para as prateleiras, fruto também da banalização do CD. Nesse contexto, os Shrine elevaram a fasquia da exigência técnica e artística com um Metal impetuoso.


Foto: Lina Coelho

Músicos (da esquerda para a direita):

Rogério - Bateria

Simões - Guitarra e voz

Eduardo - Baixo


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