Amplificadores no vermelho
RedLizzard - “The Red Album”
Lançamento: 2015
Sonoridade: Hard Rock, Rock FM
Editora: Edição de autor, PEE 0115 CD
Produção: “Slaughter” Joe Foster, João Martins Sela
Capa: Rui Pita e Eduardo Marques
Formato: CD
Lista de músicas:
1 - Hangin' On The Hotline
2 - The Answer
3 - Reason To Live
4 - It's Not Easy
5 - Lover Girl
6 - Push It Babe
7 - Don't Worry
8 - Find Me Something Special
9 - Happy Ending
Rock, muito Rock descontraído, adulto e com estilo. Esta foi a fórmula encontrada pelos RedLizzard para a edição do álbum “The Red Album”. Podia ficar por aqui e estava tudo dito, só que como dizem os Eslovacos – “there’s more than meets the eye”. Os RedLizzard não vendem milhões de discos, nem são uma banda de sucesso mundial, mas têm todos os ingredientes para que isso aconteça. Praticam uma sonoridade típica do Hard Rock dos anos 80, com o seu próprio cunho. Nesta edição de autor contrataram uma equipa de luxo para disputarem um campeonato muito difícil. Senão vejamos. O álbum foi produzido pelo conceituado produtor inglês Slaughter Joe (The Jesus and Mary Chain, Primal Scream, My Bloody Valentine), com co-produção de João Martins. Donny Bettencourt fez a edição audio, Rui Dias masterizou, Paulo Jorge Silva e Telmo Gomes foram os técnicos de gravação. Como músicos convidados participaram no álbum: Nuno Espírito Santo, Ricardo Galrito, Patrícia Antunes, Patrícia Silveira, Marco Cesário e Mário Delgado. Para quem não conhece alguns destes nomes, digo penas que estamos perante uma parada de estrelas de enorme gabarito. Porquê este nível profissional técnico e artístico? Porque a banda sabe o que quer e quer tudo bem feito. São persistentes, dedicados, resilientes, embora não sejam músicos profissionais, não deixam os seus créditos por mãos alheias.
“The Red Album” surgiu em 2015 depois de um EP em 2011. Inclui 9 canções Hard Rock plenas de ganchos em refrões orelhudos cantados por uma voz competente, num inglês sem falhas. As guitarras desfilam riffs frescos sem complicações, ora mais rasgados, ora mais contidos, deixando a voz brilhar. Nos solos há bom gosto sem exibicionismo. A secção rítmica está bem presente e assume o papel que lhe é atribuído com tenacidade. Todos os instrumentos brilham graças à produção equilibrada e vinda de ouvidos experientes. Os músicos convidados elevam o nível com a sua contribuição, como é o caso das vozes das Patrícias em três músicas “Hangin' On The Hotline”, “Lover Girl” e “Don't Worry”. Esta última uma balada com a guitarra acústica do mestre Mário Delgado. O tema “Push It Babe” tornou-se um hit radiofónico e música obrigatória nas atuações ao vivo. Embora ainda não esteja tudo dito, escrever mais palavras não substitui a audição de um álbum que pode surpreender pela qualidade.
Foto: Filipe Santos
Músicos (da esquerda para a direita):
Elvis - Guitarra elétrica e coros
Rick - Bateria e Coros
Mauro - Voz e guitarra acústica
David - Baixo (não gravou neste disco. Todas as gravações de baixo executados por Nuno Espirito Santo)
Patrick - Guitarra elétrica
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