Uma entrada vertiginosa na cena metálica nacional
RAMP - "Thoughts"
Lançamento: 1992
Sonoridade: Thrash Metal, Speed Metal
Editora: PolyGram, Polydor, 511726-1
Produção: Rui Fadigas, Jorge Quadros e Marsten Bailey, exceto "Thoughts" e The Last Child" produção de RAMP com Marsten Bailey
Capa: Marco Sousa Santos
Formato: Vinil Mini-LP 12"
Lista de músicas:
A1 - The Comediants
A2 - Disillusions
A3 - March To Death
B1 - Thoughts
B2 - The Last Child
B3 - Try Again
Os Ramp entraram pela porta grande e causaram estragos dentro do nosso pequeno país. "Thoughts" explodiu com os preconceitos e propagou o Metal mais pesado até então editado em Portugal por uma grande editora. Lançado pela multinacional Polygram, que parecia disposta a mostrar esta pérola ao mundo, o Mini-Lp com apenas 6 músicas transbordava uma sonoridade poderosa e arrebatadora. Thrash e Speed Metal eram o ponto de partida para a diversidade patente em tão curta duração. Começando a sussurrar aos nossos ouvidos, "The Comediants" acelerava num ritmo up-tempo sempre balanceado com riffs pesados e passagens inteligentes. No lado B "The Last Child" trazia as emoções à tona, numa balada rasgada e "Try Again" mostrava o lado rebelde do Punk, numa versão dos Spermbirds. O contexto lírico expunha pensamentos sobre a vida pessoal e social.
O Mini-Lp "Thoughts" foi apenas o começo de uma banda marcante na música em Portugal. Esta rampa de lançamento levou estes irreverentes miúdos da Margem Sul do Tejo a integrar um circuito reservado a bandas Pop e Rock. Com um som pesado e uma atitude de jovens metaleiros, as influências eram evidentes, mas munidos de talento e técnica souberam criar as raízes de uma carreira longa. As influências chegavam de outros países, principalmente EUA, Alemanha e Reino Unido, álbuns de bandas Thrash, Speed, Death e Black Metal com enorme qualidade e originalidade. Os monstros Metallica, Slayer, entre muitos outros eram já bandas importantíssimas no circuito internacional do Rock em geral. Mas no nosso país, edições das nossas bandas mais pesadas tardavam a ver a luz do dia. Os Ramp romperam as barreiras e afirmaram uma sonoridade que viria a tornar-se muito própria ao longo dos anos. No fim da adolescência, com muita garra e a puxar pelas entranhas, estes músicos mostraram talento, engenho e criatividade.
Foto: Helena Pedro
Músicos (da esquerda para a direita):
João Sapo - Baixo
Tó-Zé - Guitarra e voz
Rui Duarte - Voz principal
Paulo Martins - Bateria
Ricardo Mendonça - Guitarra e voz
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