Ilusões, utopias e sinfonias
Oratory - “Illusion Dimensions”
Lançamento: 2000
Sonoridade: Power Metal, Symphonic Metal, Melodic Metal
Editora: Limb Music Poducts, LMP 0009-020 CD
Produção: Luis Barros
Capa: Paulgi, Acidesign
Formato: CD
Lista de músicas:
1 - Illusion Dimensions
2 - With Glory and Melody
3 - Fight for the Light
4 - Kingdom's Legacy
5 - Metal Messenger
6 - In the Sky
7 - Last Prophecy
8 - Life in Another Star
9 - Rising Land
10 - Choose Your Future
11 - World of Illusions
12 - Galaxy
A primeira impressão com que fiquei ao ouvir “Illusion Dimensions” dos Minhotos Oratory foi de ter ouvido uma banda sonora de um filme de fantasia da Disney com esteróides. Também podia ser a música de uma peça da Broadway sobre o espaço sideral. Este foi o álbum de estreia da banda, depois de algumas demos e um EP. É notória alguma imaturidade técnica, apesar do entusiasmo e empenho em construir uma obra quase sinfónica. A aventura que empreenderam exigia maior destreza e grandiosidade. O vocalista principal Marco Alves mostrou um timbre próprio da adolescência, com uma afinação no fio da navalha e pouca amplitude vocal. Como apoio, a voz secundária de Ana Lara, não teve o espaço suficiente para brilhar, ficando-se por alguns apontamentos tímidos do que eventualmente viria a ser uma voz mais arrojada. A nível instrumental há também algumas limitações, principalmente a nível rítmico, com a bateria a não ter a força para elevar a sonoridade a patamares mais ambiciosos. Há, no entanto, alguns solos harmoniosos e virtuosos e o baixo não desilude (“Rising Land”). Os teclados mostram diferentes facetas. Ora atravessam a música como névoa, ora assaltam-nos com tendências barrocas e por vezes fazem lembram o Pop Rock sueco dos anos 80 (Europe). As líricas abordam temas espaciais, extraterrestres, fantasia, num embrulho utópico. No geral é um álbum muito clean, talvez demasiado, faltando algum punch.
Com produção de Luis Barros nos estúdios Rec’n’Roll, “Illusion Dimensions” foi editado há 20 anos atrás e lançou um desafio aos metaleiros lusos - abordar o lado épico de um país com muita história. Os Oratory tiveram a coragem de arriscar e por isso têm o mérito de alcançarem o objetivo. O álbum foi licenciado pela Recital Records à alemã Limb Music Products, casa de nomes sonantes do Power Metal e outros subgéneros como Rhapsody, Mob Rules, Lana Lane, entre outros. O que levou a banda a ser ouvida um pouco por todo o mundo. O arranque internacional foi promissor, o que granjeou algum estatuto à banda no panorama nacional e algum reconhecimento para lá das nossas fronteiras. Merecem destaque os temas “Metal Messenger” pela melodia, balanço e refrão. “Rising Land” pelo baixo, riff de guitarra e a voz de Ana Lara.
Foto: Carlos Guimarães
Músicos (da esquerda para a direita):
Miguel Gomes - Guitarras
Rui Santos - Baixo
Marco Alves - Voz
Ana Lara - Voz
António Silva - Teclados
João Rodrigues - Bateria
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