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Foto do escritorDuarte Dionísio

Moonspell - "Under The Moonspell"

Atualizado: 28 de jan. de 2021

Navegando sob o feitiço da Lua

Moonspell - "Under The Moonspell"

Lançamento: 1994

Sonoridade: Black Metal, Gothic Metal

Editora: Adipocere Records, CD AR 021, SPV 77-141022 CDM

Produção: Quim Monte

Capa: “Moonspell”

Formato: CD EP

Lista de músicas:

1 - Allah Akbar! La Allah Ella Allah! (Praeludium / Incantatum Solstitium)

2 - Tenebrarum Oratorium (Andamento I / Erudit Compendyum) (Interludium / Incantatum Oequinoctium)

3 - Tenebrarum Oratorium (Andamento II / Erotic Compendyum)

4 - Opus Diabolicum (Andamento III / Instrumental Compendyum)

5 - Chorai Lusitânia! (Epilogus / Incantatam Maresia)

Moonspell… a banda Portuguesa de Metal que alcançou maior sucesso cá e além-fronteiras. Esse epíteto só será retirado à banda quando outra ultrapassar tal feito. Dito isto, muito fica explicado sobre o que representam para um país sem grande repercussão internacional no que respeita ao Heavy Metal. No entanto, talvez seja interessante referir que “Under The Moonspell”, sendo apenas um EP com 5 músicas foi a chave-mestra na carreira da banda. Abriu as portas do mundo a uma sonoridade muito característica concebida por terras lusas. Por um lado é frequente ouvir a expressão “no lugar certo na hora certa”, por outro a criatividade e originalidade que a banda patenteou neste EP foram capazes de captar a atenção do circuito Metal internacional.

Um conceito muito teatral, filosófico, étnico, negro, gótico, pagão, erótico e mais umas quantas palavras destas poderiam explicar o som e as líricas de “Under The Moonspell”. Mas há sem dúvida um cruzamento entre as vozes Black Metal (a la Quorthon), acordes que resultam em harmonias próprias do Heavy, Black e Death Metal com um elevado número de elementos diferenciadores. Com eles os Moonspell elevaram a fasquia da diversidade. Nota-se o sangue quente latino, a etnicidade da música Mediterrânica, os ambientes orquestrais clássicos, a atmosfera negra, um certo paganismo, um mistério que envolve todo o som. A inclusão de instrumentos como o violino e a flauta dão uma maior sensualidade à música. Nietzsche ou Marquis de Sade misturam-se com os sons árabes e portugueses. “Chorai Lusitânia!” oferece o final mais afirmativo possível. Sem grandes floreados técnicos, a aposta foi claramente na criação artística. O resultado final é de difícil catalogação no espectro metálico. Filosofia, Metal e inteligência resumem o que os Moonspell fizeram neste opus.


Foto: Jason Williams – Back Door Press

Músicos (da esquerda para a direita):

Mantus - Iberius Daemonium – Guitarra

Tanngrisnir - Imperator Ignis- Guitarra

Langsuyar - Tenebrarum Rex - Voz

Neophytus - Lupus Maris - Teclados

Nisroth - De Occulta Fraternitatis – Bateria

Tetragrammaton - Tremendae Majestatis – Baixo (centro)

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