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Foto do escritorDuarte Dionísio

Lyzzärd – “Savage”

Atualizado: 28 de jan. de 2021

Lagartos selvagens

Lyzzärd – “Savage”

Lançamento: 2017

Sonoridade: Heavy Metal, Speed Metal, NWOBHM

Editora: Fighter Records

Produção: André Ribeiro

Capa: Ricardo Azevedo

Formato: CD (audição em streaming)


Lista de músicas:

1 - Nightwatcher

2 - Heavier than Life

3 - Savage

4 - Yakuza

5 - Fire

6 - Living in the dawn

7 - Queen of Vengeance

8 - Survivor

9 - Metalzone

10 - Maniac (Michael Sembello cover)


A internet e o mundo digital criam um sentimento de incoerência acrescido. Por um lado compactam informação, por outro ela espalha-se com uma velocidade estonteante. É fácil conhecer, pesquisar, encontrar quase toda a informação dos mais diversificados quadrantes da vida. Recentemente conheci a música dos Lyzzärd porque um novo amigo do Facebook fez o favor de os apresentar num comentário. O António Teixeira é músico e tem por hábito dar a conhecer imensas bandas. Provenientes da Trofa, os Lyzzärd lançaram em 2017, pela Fighter Records, o álbum “Savage”, o primeiro longa duração, depois de um EP em 2014. Falha minha por não conhecer a banda até ao momento. Praticam um Heavy Metal genuíno com feeling NWOBHM, onde cabem alguns ritmos mais up tempo a tocar o Speed Metal. Incorporam as influências de uma forma honesta dando-lhe uma característica contemporânea. A sonoridade é Europeia, sem tombar para o Hair Metal, nem subir a agressividade para o Thrash Metal Americano. O equilíbrio é a nota dominante para definir o estilo que expõem neste “Savage”. Secção rítmica segura, garantido o eixo central para que voz e guitarras possam rolar livremente. No entanto, os músicos não estão submissos à sua função. O baterista David Paiva sabe brilhar com quebras e desenhos, percorrendo o kit com destreza, oferecendo um leque variado de sons percussivos. Margarida Veiga cola na perfeição as notas que saca do baixo ao balanço das composições. As guitarras debitam acordes diversificados, uma coleção de riffs Heavy Metal em abundância, complementados por alguns solos simples mas eficazes. Toda a rifferama cria uma boa prosa guitarrística, assumindo o protagonismo no livro dos Lyzzärd. Tiago Azevedo é aquele tipo de vocalista que está sempre a querer ir mais além. Nas notas mais altas, quanto puxa pelas cordas vocais faz-me lembrar Ray Adler dos Fates Warning, mas só no limte, quase em falsete, como no refrão de “Nightwatcher”. Tal como Ray Adler ou até Biff Byford, o Tiago não é um vocalista com uma voz poderosa, mas sabe fazer uso desse instrumento, deixando o seu registo soltar as melodias certas.


Os Lyzzärd seguem uma onda de devoção ao Heavy Metal com a alegria da juventude. Ainda não eram nascidos quando o género ganhou força em Inglaterra com bandas que viriam a tornar-se grandes nomes do Rock mundial, como Saxon, Iron Maiden ou Judas Priest. Essa frescura reflete-se nas composições de uma forma saudável. Ou seja, a música da banda tem o seu cunho próprio, apesar de todos sabermos de onde vem a influência. Por exemplo “Yakuza” tem espírito guerreiro, com coros, solos e diversidade ritmíca. “Survivor” arranca de forma acelerada e um “Uuugghhh”, arrebatando o ambiente. Para concluir o álbum, arriscam uma versão de “Maniac”, música premiada com um Grammy nos anos 80. A composição e a execução dos Lyzzärd respeita os cânones do Metal e homenageia todo um género. Outras bandas também o fazem com mais ou menos eficácia, como os suecos Enforcer e Ambush, Skull Fist do outro lado do Atlântico ou os também Portugueses Midnight Priest. O que reflete uma continuidade do género, mantendo a bandeira do Heavy Metal bem hasteada.


Foto: “DR”


Músicos (que gravaram o álbum)

Tiago Azevedo - Voz

Margarida Veiga – Baixo

Ricardo Azevedo - Guitarras

Tiago Tedim - Guitarras

David Paiva - Bateria



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