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  • Foto do escritorDuarte Dionísio

Glasya - “Heaven’s Demise”

Atualizado: 28 de jan. de 2021

Sinfonia entre o céu e a terra

Glasya - “Heaven’s Demise”

Lançamento: 2019

Sonoridade: Symphonic Metal, Gothic Metal

Editora: Pride & Joy Music, PJM12029

Produção: Fernando Matias

Capa: Pedro Daniel, Phobos Anomaly

Formato: CD (audição em streaming)

Lista de músicas:

1 - Heaven's Demise

2 - Ignis Sanctus

3 - Coronation of a Beggar

4 - Glasya

5 - Eternal Winter

6 - Birth of an Angel

7 - The Last Dying Sun

8 - Neverland

9 - No Exit from Myself

10 - A Thought About You

Os Glasya iniciaram carreira em 2016 e em 2019 lançaram o álbum de estreia pela alemã Pride & Joy Music. Hugo Esteves idealizou uma banda com sonoridades sinfónicas cruzadas com o Heavy Metal e foi juntando elementos até ter a formação que viria a gravar o álbum. No The Pentagon Audio Manufacturers Studios, com Fernando Matias aos comandos, gravaram “Heaven’s Demised”, o que resultou num som estruturado, uma produção transparente e consistente. Tudo normal! Não! Não é normal ou pelo menos não era habitual as bandas em Portugal terem este trajeto, com resultados rápidos e de elevada qualidade técnica. Só prova que o paradigma está a mudar definitivamente. Este ponto de viragem é muito positivo. Chegou ao fim a eterna dificuldade em ser Português e fazer Heavy Metal. Em frente.

Os elementos dos Glasya são músicos com alguma experiência, tendo tocado em diversas bandas Portuguesas antes deste projeto. Esse facto ajudou a traçar objetivos muito concretos sobre os passos a dar. Desde logo optaram por trabalhar em composições de Symphonic Metal, com lampejos progressivos, paredes de riffs pesados, orquestrações épicas e voz lírica (soprano). Depois foram para estúdio com trabalho adiantado. Demonstraram maturidade e consciência para alcançarem o que muitos apenas sonham.

“Heaven’s Demise” é “grande”, tem um som moderno, sem ser demasiado plástico. As guitarras possuem aquela agressividade que amarra as harmonias com correntes de aço. O baixo constrói uma estrutura sólida a par da marcação rítmica da bateria, sem desenhos, sustentam de forma compacta os devaneios melódicos da voz e dos teclados. Estes últimos instrumentos contam a história do álbum. Os teclados, com pompa e circunstância, regurgitam orquestrações opulentas, trasbordando pelas ameias do castelo musical. A voz narra estórias vividas nos dias de hoje com trajes de fantasia de tempos místicos. Consegue-se imaginar a vida nos castelos e nos palácios Portugueses há séculos atrás, mas as vidas são atuais. Depois há ainda aveludados solos de guitarra, convidados que emprestam voz em algumas músicas, um violino que cria um ambiente mais melancólico e incursões étnicas percussivas (“Glasya”). O álbum navega em mares experimentados por bandas como Nightwish, Epica e tantas outras que surgiram ao longo dos anos. No entanto, os Glasya procuram o seu espaço com alguma Portugalidade associada às composições que desfilam história. Ao ouvir a sucessão de músicas, fica a sensação de se estar a ouvir uma peça sinfónica, em que os andamentos se soltam, apesar de amarrados ao cuidado técnico. Depois fogem e não deixam rasto. Os temas “The Last Dying Sun” e “No Exit from Myself” arriscam arranjos mais arejados, deixando uma leve marca na memória auditiva. Quando a fasquia é colocada bem alta, a exigência é maior. No futuro, os Glasya saberão criar temas mais memoráveis, com hooks que nos prendam e nos façam ouvir vezes sem conta a mesma música. Este é um álbum de início e mudança, em simultâneo.

Foto: Hugo Rebelo


Músicos que gravaram o álbum (da esquerda para a direita):

Eduarda Soeiro – Voz

Davon Van Dave - Teclados, Orquestrações

Manuel Pinto - Baixo

Hugo Esteves - Guitarras ritmo, coros

Bruno Prates - Guitarras solo

Bruno Ramos - Bateria


Foto: Maria Rita

Músicos da formação atual (da esquerda para a direita):

António Durães - Baixo

Bruno Ramos - Bateria

Hugo Esteves - Guitarras ritmo, coros

Eduarda Soeiro – Voz

Bruno Prates - Guitarras solo

Davon Van Dave - Teclados, Orquestrações


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