Genocídio cerebral, sonoridade brutal
Genocide - "Genocide"
Lançamento: 1994
Sonoridade: Death Metal, Grindcore
Editora: Música Alternativa, MA041
Produção: “Rec’n’Roll”
Capa: 4 Heidis
Formato: CD
Lista de músicas:
1 - Obscure Brain
2 - Black Plague
3 - Brutal Evolution
4 - World Lying
5 - Die by Allergy
6 - Human Thoughts
7 - Silent Song
8 - Mind Despair
9 - Twisted Corpses
Brutal, alucinante são adjetivos para classificar o trabalho apresentado pelos Genocide no álbum homónimo de estreia. Guitarras em uníssono atravessam todo o disco criando uma parede sonora, aqui e ali com umas pinceladas de harmonias artísticas. A secção rítmica fornece os alicerces da construção, mas não se esconde na base, eleva-se e sobressai em muitos momentos. O baterista Gustavo leva o troféu de um dos arquitetos percursores do blast beat em Portugal. A voz aplica a fórmula do growl, vociferando agressivamente as líricas delatoras de uma sociedade caótica, aqui e ali com os cadáveres a decorar. Este cilindro compactador esmaga os ouvintes sem piedade, mas fá-lo com classe, ancorado numa produção que deixa respirar todos os instrumentos, por certo com a ajuda de Luis Barros nos estúdios Rec’n’Roll.
A década de 90 estava a meio e a lava saía cada vez com mais intensidade do vulcão metálico em Portugal. Os Genocide traziam a lição bem estudada para debitar um Death Metal estruturado. Quem os recebeu na sua casa foi a Música Alternativa, que já tinha apostado anteriormente no estilo. Assim, convidou os metaleiros da altura a visitar o universo desta banda do Norte, servindo o festim em CD. Sem dúvida que “Genocide” foi uma “Brutal Evolution”, fruto de um “Obscure Brain” espalhando uma “Black Plague”.
Foto: “DR”
Músicos:
Luis - Voz
Alfredo - Guitarra
Rui Paulo - Guitarra
Rui Cruz - Baixo
Gustavo - Bateria
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