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  • Foto do escritorDuarte Dionísio

Baktheria - “System Sickness”

Atualizado: 28 de jan. de 2021

Falsos sistemas

Baktheria - “System Sickness”

Lançamento: 2015

Sonoridade: Crust, Thrash Metal, Thrashcore, Death Metal

Editora: NBQR Records, NBQR 001; Your Poison Records, YPR 024; CD 2015

Produção: José Pedro “Sarrufo”, Ricardo Bravo e Baktheria

Capa: André Coelho (desenho), Rui Vieira (conceito)

Formato: CD

Lista de músicas:

1 - Leave the Auditorium

2 - Sorcery

3 - Sickness

4 - Torture

5 - Murder

6 - Blood

7 - Traitor

8 - Nerve

9 - Untrust

10 - Kill Everything

11 - Reset Your Life (To Null)

12 - Vermin Coalition

13 - Inferno

Numa primeira observação e consequente audição, “System Sickness” dos Baktheria faz lembrar “World Downfall” dos Terrorizer. Claro que as semelhanças são concetuais. O álbum dos Baktheria é mais simples, mais direto, menos Death Metal e com texturas Punk cruzadas com riffs Thrash Metal, evidentes nos temas “Blood” ou “Inferno”. No entanto, a comparação com o álbum da banda Americana é um elogio, tendo em conta a importância e influência que aquele álbum teve. A sonoridade do trio Português é interessante pelo cruzamento que faz entre géneros. De um lado o Thrash Metal, vincado em alguns riffs de guitarra e na voz. De outro, o Crust Punk, originário de Inglaterra, com toda a carga politico-social, expresso em sons sombrios e trepidantes ao mesmo tempo. As colagens, algo cinematográficas, que ouvimos nas introduções trazem algum realismo à mensagem crua e dilacerante. Já todo o conceito gráfico transmite desconforto, com imagens de Charles Manson ou Hitler, por exemplo. Mas essa intencionalidade é transversal a todo o álbum, quer a nível instrumental, quer lírico. Sentimos um murro no estômago ao escutar com mais atenção a “punkada” constante das malhas distorcidas da guitarra. O baixo cola-se ao fundo e torna todo o pacote mais pesado. A bateria é quase sempre acelerada, mas nos momentos em que abranda o ritmo, não perde a intensidade. A voz de Rui Vieira arrasta uma carga raivosa e atira vitupérios sem perdão. Tudo em conjunto gera uma energia que contamina o espetro auditivo. É música direta, pesada e suja, sem tecnicismos, nem escaladas progressivas.

“System Sickness” editado em 2015 foi o primeiro álbum da banda. O power trio reuniu 12 músicas e uma introdução para se apresentarem em edição formal. As músicas são de curta duração, com versos também eles curtos. Esta é sem dúvida uma edição discográfica que deve ser ouvida e sentida em formato físico e não digital. Manusear o CD tem um impacto óbvio, que não é conseguido no formato digital. Uma edição em vinil seria também interessante do ponto de vista de colecionador. Este é um álbum bem enquadrado na história da humanidade, com o contributo de músicos Portugueses.

Foto: “DR”

Músicos (da esquerda para a direita):

Rui Vieira - Voz e guitarras

Alex Zander - Bateria

Rui Marujo - Baixo e Vozes


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