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  • Foto do escritorDuarte Dionísio

Anger - “Anger”

Atualizado: 28 de jan. de 2021

A força da ira sem rodeios

Anger - “Anger”

Lançamento: 1997

Sonoridade: Thrash Metal, Groove Metal, Crossover

Editora: Discos NorteSul, Valentim de Carvalho, 7243 8 33171 2 7

Produção: Chico Martins e Anger

Capa: João Faria @ (drop)

Formato: CD

Lista de músicas:

1 - Low Life

2 - Liar

3 - Bring In The Pain

4 - Man With A Vision

5 - Awakened Unconsciousness

6 - War Way!

7 - I(dentity)

8 - Survive

9 - Don't Blame Me

10 - Save Us

11 - Lost Soul

12 - Careless Toys

Era habitual e talvez ainda seja, as bandas que entravam em estúdio para gravar o primeiro álbum, almejarem um som grande como o conseguido pelos seus ídolos e bandas que as influenciavam. Ao ponto de levarem os discos para mostrar aos técnicos dos estúdios. Nos anos 90, produtores como Terry Date, Colin Richardson, Ross Robinson eram referências nas sonoridades Thrash Metal, Groove Metal, Crossover e Nu Metal. A verdade é que o som final que sai pelas colunas de qualquer sistema de som tem inúmeros fatores que influenciam o resultado final. Não basta tentar copiar, pois os instrumentos, a forma de os tocar, a captação, as técnicas utilizadas, entre outros diferem consoante as circunstâncias e os músicos. Mas durante longos anos, as bandas portuguesas não conseguiram mostrar ao público as músicas que gravavam com um som de elevado nível.

Em 1997 entra em cena “Anger” o primeiro álbum de uma banda de Aveiro com o nome… Anger. A produção de Chico Martins e da própria banda consegue estar dentro dos parâmetros dos grandes nomes da cena metálica internacional. Sem rodeios, há que mencionar as óbvias influências de Pantera ou Machine Head e até Ramp, o que não é de estranhar, tendo em conta o enorme impacto que os álbuns que Pantera lançaram nos anos 90 tiveram no Heavy Metal mundial. Por vezes, aparece uma banda que gera tamanha repercussão que as ondas produzidas influenciam gerações de músicos. Esse foi o caso de Pantera. “Anger” é um álbum sólido transpirando Groove, com ritmos cadenciados, muito balanço e agressividade que baste. A voz é gritada expelindo insatisfação por todos os poros, exceção feita a algumas partes onde a melodia vocal acompanha momentos mais calmos nas músicas “Awakened Unconsciousness” e “Lost Soul”. A mensagem é de inconformismo e revolta pelas atitudes da raça humana, numa sociedade à beira de se auto aniquilar. Dor, morte, ganância e muita inconsciência, tudo isto e muito mais está presente nas líricas ao longo dos 12 temas.

Os Anger estiveram no limiar da avalanche Nu Metal do final dos anos 90, princípio dos anos 2000. Poderiam ter apanhado a onda e conseguido sucesso. Assinaram com uma editora com uma grande estrutura, já que a NorteSul era uma subsidiária da Valentim de Carvalho. Tinham a qualidade técnica e o profissionalismo que faltava à maioria das bandas de Metal em Portugal. Tornaram-se uma banda de dimensão razoável com quase tudo para uma carreira promissora. Houve um grande esforço por parte do manager Sebastião Salgueiro no sentido de conseguir a internacionalização da banda. Este álbum de estreia prometia outros voos. E não ficaram por aqui…

Foto: “Adriana Oliveira”

Músicos (da esquerda para a direita):

Afonso Corte-Real - Bateria

Ricardo Melo - Baixo

Lino Vinagre - Guitarras

Pedro Pereira – Voz



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