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Foto do escritorDuarte Dionísio

Afterdeath - “Back Words”

Atualizado: 28 de jan. de 2021

Escrever histórias com palavras feitas de metal

Afterdeath - “Back Words”

Lançamento: 1995

Sonoridade: Death Metal, Thrash Metal

Editora: Guardians Of Metal, GM002CD

Produção: Luis Barros

Capa: CDdesign

Formato: CD

Lista de músicas:

1 - Caught in the Web (Intro)

2 - Swallowed

3 - Drowning

4 - Within My Self

5 - Eye for War

6 - Undertow

7 - Digital Horizons

8 - Without Words

9 - Confidence Betrayed

10 - View (From Behind)

11 - Die in Agony

Afterdeath foi sinónimo de vontade, resiliência e empenho por parte dos músicos da formação inicial, mas fundamentalmente do vocalista Sérgio Paulo. Foi ele que se manteve desde a formação em 1990 até ao fim da banda em 1997. A dedicação deste jovem ao Heavy Metal era tanta que criou um fã clube, uma fanzine, uma editora e distribuidora, uma loja, para além de organizar concertos para os Afterdeath. Essa entrega criou expetativas de carreira para a banda, que ao longo dos anos sofreu inúmeras mudanças de formação, gorando muitos dos sonhos e objetivos. Apesar de tudo, gravaram quatro demos até lançarem o álbum “Back Words” em 1995. Gravado nos estúdios Rec’n’Roll, com produção de Luis Barros, foi uma combinação Norte/Sul, sendo a banda formada em Lisboa. Esta opção inverteu o caminho percorrido com as gravações anteriores nos Heavensound. A edição foi da Guardians Of Metal gerida pelo próprio Sérgio Paulo.

O som algo cru, ríspido e agressivo dos Afterdeath tomou de assalto o crescente panorama metálico, adicionando mais uma peça ao xadrez do Metal Português. Pesado mas com passagens melódicas em algumas músicas, as características Thrash Metal estão presentes com pinceladas Death Metal, principalmente na voz, tudo embalado num Heavy Metal combativo. Em “Back Words”, tal como noutras gravações, nota-se um som característico dos Rec’n’Roll, carimbo que apareceu em muitos álbuns. A dar alma às composições, o contexto lírico de Nuno Maciel aborda o mundo com as suas idiossincrasias. A vida, a morte, os sonhos e muitos dos defeitos do ser humano são gritados pela voz gutural que na mistura final fica um pouco escondida pela força dos restantes instrumentos. Musicalmente, há uma participação dos irmãos Barros na introdução “Caught in the Web” e de Stregoyck, voz feminina dos Candle Serenade, no tema “Digital Horizons”. As constantes alterações na formação não foram benéficas para a criação de um som mais coeso, que gerasse uma identidade própria da banda. Ainda assim, ficou um registo para o repertório metálico nacional.

Foto: Cameraman Metálico

Músicos (da esquerda para a direita):

Nuno Maciel - Guitarras

Sérgio Paulo - Voz

Mário Rui - Bateria

Jose Ramos - Baixo

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