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Foto do escritorDuarte Dionísio

Tarantula - “Kingdom Of Lusitania”

Atualizado: 27 de jan. de 2021

O Reino do Heavy Metal Português

Tarantula - “Kingdom Of Lusitania”

Lançamento: 1990

Sonoridade: Heavy Metal, Power Metal

Editora: Polygram, Polydor, 843 449-1

Produção: Paulo Barros e Pedro Moura

Capa: Jorge Marques

Formato: Vinil LP 12"

Lista de músicas:

A1 - Prelude To Find A Kingdom

A2 - Highway To Glory

A3 - Empire Of Shadows

A4 - The Lost Crown

A5 - Earthquake (Lisbon 1755)

B1 - Lusitania

B2 - The Great Dragon

B3 - End Of The Rainbow

B4 - The Saga Of Sebastian, The King

Os Tarantula foram e são uma das mais importantes bandas do Heavy Metal Português. A destreza técnica dos músicos, a imagem cuidada, as composições épicas, a persistência, a humildade e tudo o resto que a banda representa, asseguram-lhes a reverência merecida. Se há palavra que me ocorre para caracterizar os Tarantula é respeito. Respeito por uma banda que muito tem contribuído para a elevação da qualidade do género em Portugal e não só. Se o primeiro álbum “Tarantula” desbravou caminho, quando “Kingdom Of Lusitania” viu a luz do dia foi como que uma afirmação perante o meio musical. Os metaleiros já aguardavam este lançamento com muita expectativa. Em 1990, a Polygram Portuguesa editou o álbum em vinil, naquilo que viria a ser uma curta sucessão de edições de Heavy Metal Português: V12, Ramp e Joker. Nesta edição a banda passou a contar com Jorge Marques na voz, ele que já acompanhava a banda e desenhava as capas dos álbuns.

Aqui no Filhos do Metal já tinha comentado o primeiro álbum dos Tarantula. Assim, pela primeira vez repito uma banda, para assinalar os 50 comentários já feitos. “Kingdom Of Lusitania” fechou um ciclo, representando o trabalho de muitos músicos e fãs de Heavy Metal ao longo da década de 80. Este marco na música Portuguesa é de um nível altíssimo. Desde a capa, passando pela qualidade técnica e de produção, até à composição, tudo foi feito com muito empenho e alma. A alma nacional, que aliás está patente no contexto lírico que apela ao orgulho e à glória Lusitanos. Ouvimos relatos de batalhas, facetas históricas e algum misticismo de lendas passadas. Todo um universo Heavy Metal embalado por um instrumental que por vezes nos presenteia com incursões pelo Power Metal como “Earthquake (Lisbon 1755)”, ou temas épicos como “The Saga Of Sebastian, The King”. “Lusitania” teve honras de videoclip e é um tema marcante com um refrão penetrante e uma vibração empolgante. “The Lost Crown” contém incursões por sonoridades Mediterrâneas, numa inteligente diversidade musical. As guitarras de Paulo Barros desfilam elegância em harmonias cheias de maturidade e solos virtuosos, expondo a agilidade de um dos grandes guitarrista Portugueses. O trabalho de Luis Barros na bateria é a demonstração de um músico de excelência, mas também de um produtor que batizou dezenas ou centenas de bandas. Jorge Marques canta com tudo o que têm, nas notas graves e nas agudas é um mestre. Até em falsetes sacados das profundezas do Inferno, o vocalista dá cartas. Os coros também têm destaque, pontuando alguns refrões. José Baltazar, infelizmente já falecido, contribuiu com um trabalho de baixo de fino recorte artístico. Por muitas palavras que se escrevam sobre “Kingdom Of Lusitania” nenhuma conseguirá transmitir o que este álbum representa. Hail Tarantula!

Foto: “DR”

Músicos (da esquerda para a direita):

Jorge Marques - Voz

Luís Barros - Bateria, Teclados, Vozes

José Baltazar (R.I.P.) - Baixo

Paulo Barros - Guitarras, Vozes

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